Como atendemos o Humano em base a sua Diversidade.
Por: Oswaldo Roldan Anderson Junior et/al
Outubro 2018
Identificar as necessidades dos pacientes e familiares, frente às crenças, religiões, diversidades e valores culturais e disponibilizar o acolhimento correspondente, é sempre uma característica da Projeto Home Care.
A diversidade cultural refere-se aos diferentes costumes de uma sociedade, entre os quais podemos citar: vestimenta, culinária, manifestações religiosas, tradições, sexuais, gêneros entre outros aspectos. O Brasil, por conter um extenso território, apresenta diferenças climáticas, econômicas, sociais e culturais entre as suas regiões.
O respeito a diversidade é um dos valores mais importantes do exercício da cidadania e está presente nos valores da Projeto Home Care englobando o Respeito Mútuo, e em nossa missão de superar as expectativas do cliente/paciente
Em cada etapa de nossos processos buscamos
verificar os diferenciais holísticos
de nossos clientes.
- Avaliação/Implantação
Coletar durante a avaliação inicial e confirmar na implantação as informações sobre a opção religiosa, necessidades frente à sua crença ou cultura.
Deixará disponível a informação no impresso de avaliação, na identificação de diversidade cultural ou sexual (contemplando transgêneros), o enfermeiro case, aciona o setor de qualidade que irá disponibilizar a equipe assistencial e multidisciplinar as orientações de atendimento.
- Internação Domiciliar
Caso dentro da cultura do paciente exista a necessidade de realização de ritual ou autorização de líder religioso para procedimentos a equipe de enfermagem ou enfermeira responsável pela casa ou enfermeira responsável pela carteira da operadora, deverá ser comunicada para verificar o que será utilizado no ritual, buscando atende-la da melhor forma possível, visando a não interrupção da terapêutica proposta e atestando a segurança do paciente como um todo, bio-psico-social. Se necessário, realizará contato com Coordenação e Diretoria médica da Projeto Home Care.
Em clientes transgêneros deve ser anotado toda a suplementação hormonal utilizada, e verificado com a equipe médica a possibilidade da continuidade para não descaracterização do cliente e sua auto imagem.
Havendo dificuldades nesta decisão realizar contato com o médico de acompanhamento ou o Ambulatório Transdisciplinar de identidade de Gênero e Orientação Sexual do Hospital das Clínicas: Rua Dr. Ovídio Pires de Campos, 785 - 05403-903 - São Paulo
- Nutrição
Disponibilizar ao paciente quando solicitado, orientações condizentes com sua necessidade nutricional respeitando sua crença religiosa. A partir do diagnóstico nutricional elaborar plano nutricional que atenda às necessidades do paciente.
- Enfermagem/Corpo Clínico/ Farmácia
Atender o paciente em suas necessidades frente seus valores culturais, crenças, religião e ideológicos sempre buscando respeitar os limites de segurança do paciente bem como institucional.
- Religiões
O Conteúdo desse mapa é um compilado resumido com as principais informações acerca de como proceder. Em alguns casos as informações devem vir do próprio paciente ou familiar responsável. Cabe lembrar que dentro de uma mesma crença certas características podem variar, dependendo do local de exercício ou da linha religiosa seguida. Além disso, é difícil prever como cada pessoa irá aplicar sua crença ou religiosidade dentro do contexto da saúde e domicílio.
Mapa para consulta:
5. Acolhimento humanizado a Transgêneros:
A Projeto Home Care, é uma empresa que considera justa toda forma de diversidade, e adequa suas rotinas e processos, frente as necessidades do cliente considerando-o como um ser holístico, a transexualidade faz parte da sociedade atual e a continuidade do atendimento acompanhada do acolhimento ao cliente frente a “Portaria 1820, 14/08/2009, que dispõe sobre os direitos e deveres dos usuários da saúde, art. 4º, item I: “I - identificação pelo nome e sobrenome civil, devendo existir em todo documento do usuário e usuária um campo para se registrar o nome social, independente do registro civil sendo assegurado o uso do nome de preferência, não podendo ser identificado por número, nome ou código da doença ou outras formas desrespeitosas ou preconceituosas.”
Com base a esta portaria devemos considerar aos clientes da Projeto Home Care:
1. O reconhecimento da orientação sexual e da identidade de gênero como rotina nos atendimentos da Projeto Home Care.
2. Estão Inclusos os campos “identidade de gênero” e “orientação sexual”, além do campo de sexo biológico nos registros de colaboradores, avaliação e elegibilidade.
3. Orientar a(o) usuária(o) sobre o direito de fazer uso de seu nome social.
4. Destacar em todos os documentos do serviço (cadastro, prontuários, receituário, exames, guias, cartão de vacinas, etc) o nome social.
6. Sensibilização dos profissionais quanto ao uso do nome social e atendimento a diversidade.
7. Não conduzir por automatismo este usuário à investigação somente de DST/HIV/Aids, lembrar da atenção à saúde integral.
8. Orientação aos profissionais sobre o atendimento baseado em somente práticas de vida heterossexual. Ampliar seu conhecimento sobre o contexto de vida LGBT.
Referências
Delumeau, Jean & MALCHIOR-BONET, Sabine. De religiões e de Homens. São Paulo, Loyola, 2000
ROMANO, Ruggiero. (Org.) Enciclopédia e Einaudi. Volume 12 – Mythos-LogosSagrado Profano. Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda,1987
Revista Nutrição em Pauta: jan. /fev. 2003; pgs42 a 48;
Cartilha de Orientação sobre crenças e religiões. H9J. https://pt.calameo.com/read/00079349819a21554e9cd . Consultado em: 02/10/2018
AACD, 2017